quinta-feira, setembro 09, 2004

Kayak na Gronelândia












Regressei da Gronelândia há dias com a memória a transbordar com uma experiência incrível.
15 dias de kayak itinerante nos fiordes, alguns com inúmeros icebergs a vogar, com um animado grupo de 11 espanhóis, 2 italianos e 1 português (além de mim).
Paisagens magníficas, silêncio total, excepto o vento e a água a bater nas rochas ou nas praias, e o desmoronar esporádico de um iceberg.
Não encontrámos mais alguém excepto 1 família de inuit (esquimós) que esfolavam uma foca e outro que também tinha caçado uma foca.
A temperatura variou entre 24 e 15 de dia, e baixou para os 5-10 à noite.
Tb fizémos caminhadas nos montes salpicados de lagos e de flores onde as renas, as raposas e as lebres deambulam (vi uma rena albina). Pescámos peixes e mexilhão, de que fizemos sopa e arroz, comemos foca e baleia, colhemos mirtilhos, acampámos sempre nas margens, fizemos fogueiras e vimos magníficas auroras boreais.
Numa quinta isolada onde acampámos vários inuit colhiam batatas e desafiaram-nos para um jogo de futebol que foi muito disputado e gozado. Ganhámos 8-2.
Acampámos 3 dias junto á calote polar que é um mar impressionante de gelo donde se destacam todos os dias vários grandes blocos que caem no mar.
No fim é duro regressar e voltar a ouvir os automóveis e as televisões...

domingo, abril 18, 2004

A vida de Parapentista

Um parapentista chegou uma vez muito tarde a casa. A sua mulher estava extremamente preocupada e chateada sem saber a razão de tal atraso. Ele explicou o que lhe tinha acontecido quando vinha a caminho de casa:
"Eu vim da montanha e estava conduzindo a caminho de casa, quando vi um carro parado junto à berma. Uma rapariga muito gira estava a tentar mudar um pneu, e então eu parei para ajuda-la. O pneu de socorro da miúda não estava em boas condições e eu quis certificar-me que ela chegaria a casa em segurança, então fui atrás dela. Ao chegar a casa, ela convidou-me para tomar um copo como agradecimento. Uma coisa levou a outra e quando eu dei por mim desculpa querida mas foi mais forte que eu e fomos parar à cama."
"Quando reparei nas horas, saí a correr, pus-me no carro e apressei-me a chegar a casa. Desculpa o atraso querida!"
"Não me mintas seu cabrão!" - disse a mulher. "Tu ficaste e fizeste mais um voo não foi?"

sábado, março 06, 2004

Mudemos a estratégia

Um cego sentado na calçada, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira escrito com giz branco: "Por favor, ajude-me, sou cego".
Um publicitário da área de criação que passava parou e viu umas poucas moedas no seu boné.
Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou no giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi-se embora.
Pela tarde o publicitário voltou a passar frente ao cego que pedia esmola. Agora, o seu boné estava cheio de notas e moedas.
O cego reconheceu os passos e perguntou-lhe se havia sido ele. O publicitário respondeu: "Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras". Sorriu e continuou seu caminho. O cego nunca soube, mas seu novo cartaz dizia:
"Hoje é Primavera, e não posso vê-la".
Mudemos a estratégia quando não nos acontece alguma coisa...